ACTIAS RODOPNEUMA - (Rober, 1925)

. Características: Vulgarmente conhecida por "Mariposa de espírito rosa", esta exótica e bonita borboleta nocturna pertence á família Saturniidae. Esta espécie exibe dimorfismo sexual, ou seja, existem diferenças acentuadas entre macho e fêmea. Assim o macho exibe um belo padrão de cor rosa pastel nas suas asas, atravessadas por uma larga faixa amarela central contornada por finas linhas escuras que se prolongam até á zona subapical das asas anteriores. Também a margem costal das asas anteriores são contornadas a rosa, nas quais possui uma marca negra e branca em forma de meia-lua que se destacam. As asas posteriores possuem longas e elegantes caudas. O seu corpo felpudo é de cor branco-creme, as pernas são cor-de-rosa, e o seu tórax é atravessado por uma faixa rosa que dá continuidade até ás asas. A fêmea distingue-se facilmente do macho pelas asas um pouco mais largas e de cor verde pastel pálido. As caudas das suas asas posteriores são mais curtas que as do macho. A sua envergadura varia entre os 11 e os 13 cm de comprimento.

. Habitat: Habita preferencialmente regiões montanhosas até aos 4000 metros de altitude. Distribui-se pela Índia e Sudeste Asiático. 

. Período de voo: Voa entre os meses de Fevereiro, Março e Junho, numa ou duas gerações.

. Alimentação: A lagarta no último instar do seu crescimento é verde, com o corpo coberto por pequenas pináculas de cor azul-claro das quais saem pequenos espinhos e finos pelos pretos. No segundo e terceiro segmento do corpo a seguir á cabeça, apresenta dois pares de pinácula maiores de cor amarela. Também no último par de patas falsas destaca-se uma pequena mancha negra contornada a branco. Alimenta-se de plantas da família Anacardiaceae (Rhus, Cotinus) e também da família Altingiaceae (Liquidambar). Na fase da metamorfose a lagarta tece um espesso casulo em seda de cor castanha, entre as folhas da planta hospedeira para se transformar em pupa, no interior do qual irá emergir o adulto.

. Observação importante: O número de indivíduos desta espécie tem vindo a diminuir devido á perda de habitat com a desflorestação. Esta espécie está protegida por lei no Vietname e na Tailândia. Existem cerca 43 espécies do género Actias.

THYAS JUNO - (Dalman, 1823)

. Características: Esta borboleta nocturna pertence á família Erebidae. As suas asas anteriores possuem um padrão semelhante a uma folha seca, de tons castanho-acinzentados, atravessadas por finas linhas escuras e uma faixa mais escura que se estende até á extremidade da zona apical das asas. As asas posteriores pelo contrário, exibem um colorido vibrante. Possuem uma faixa de cor azul-clara em forma de olhos num fundo negro, que por sua vez é contornado por uma larga faixa de cor salmão até ás extremidades das asas. Ambos os sexos são idênticos no entanto, o macho distingue-se da fêmea por apresentar duas pintas negras no centro das asas anteriores. A sua envergadura varia entre os 7 e os 8 cm de comprimento.

. Habitat: Habita áreas florestais onde existam carvalhos, castanheiros e nogueiras. Distribui-se pelo Sudeste Asiático desde a sub-região indiana, China, Japão, Coreia, Tailândia, Bornéu, Java, Sulawesi e sul das Molucas.

. Período de voo: Ao longo do ano em várias gerações.

. Alimentação: A lagarta é de cor castanho-acinzentado com finas linhas longitudinais sobre o corpo, e uma pinta preta mais ou menos a meio da zona dorsal, assemelhando-se assim a um pequeno pau. A lagarta é polífaga alimentando-se de vários tipos de plantas, entre as quais; Castanea, Quercus da família Fagaceae, Juglans e Pterocarya da família Juglandaceae, entre outras. Na fase da metamorfose a lagarta tece um casulo em seda entre as folhas da planta hospedeira, no interior do qual, se irá transformar em pupa e posteriormente em adulto.

. Observação importante: Os adultos alimentam-se da seiva das árvores e dos sucos de fruta madura ou putrefacta. Existem cerca de 16 espécies do género Thyas.

PARIDES SESOSTRIS - (Cramer, 1779)

. Características: Esta espécie pertence á família Papilionidae e possui dimorfismo sexual, ou seja, existem diferenças acentuadas entre macho e fêmea. Assim o macho possui asas negras, com uma mancha de três células de cor verde iridescentes junto á zona basal das asas anteriores, enquanto nas asas posteriores podem apresentar uma pequena mancha vermelha na zona interna, dependendo da sua distribuição geográfica. As margens das asas posteriores são levemente recortadas e não possuem caudas. A face inferior das asas é castanho-escura com três ou quatro pequenas manchas rosa-avermelhadas nas asas posteriores. A parte lateral do seu corpo possui pequenas pintas vermelhas. A fêmea por sua vez, possui asas negras com dupla mancha branca de nervuras pretas nas asas anteriores, enquanto as posteriores apresentam uma faixa de manchas rosa-avermelhadas junto ás margens. A face inferior é igual mas mais pálida. A sua envergadura varia entre os 10 e os 11 cm de comprimento.

. Habitat: Habita clareiras e orlas de florestas tropicais, onde é vista alimentar-se do néctar das flores de certas árvores e arbustos. Também pode ser observada ocasionalmente pousada perto de poças de lama, absorvendo os sais mineralizados aí existentes. Distribui-se desde o México na América Central, até ao Peru e ao Brasil na América do Sul.

. Período de voo: Voa ao longo do ano em várias gerações.

. Alimentação: A lagarta no último instar do seu desenvolvimento possui tons mesclados de cor creme e rajada de castanho-avermelhado, e possui vários tubérculos pontiagudos sobre o corpo, sendo alguns de cor branca junto á cabeça, nos últimos segmentos do corpo e a meio da zona dorsal. Alimenta-se de plantas da família Aristolochiaceae entre as quais; Aristolochia barbata, A. bicolor, A. grandiflora, A. sprucei e A. trianae. Na fase da metamorfose a lagarta tece um fio de seda á sua volta, onde se prende a um ramo ou folha da planta hospedeira para se transformar em crisálida e posteriormente em borboleta.

. Observação importante: Como todas as lagartas de Papilionideos, a lagarta desta espécie também possui um órgão bifurcado atrás da cabeça denominado osmeterium, e que projecta para fora do corpo sempre que se sente ameaçada. Tanto a lagarta como a borboleta possuem um sabor desagradável e por isso são intragáveis para os seus predadores. Isto deve-se ás plantas de que a lagarta se alimenta, pois possuem toxinas que vão sendo absorvidas pelo seu organismo, beneficiando assim desta protecção. Existem cerca de 38 espécies do género Parides.