Este blog é dedicado a todos os amantes da Natureza e ao público em geral. Mas principalmente aqueles que se interessam pelo fascinante mundo dos Lepidópteros (Borboletas). Além de tudo, este blog é um guia onde o leitor poderá conhecer e identificar as mais variadas espécies de borboletas existentes um pouco por todo o mundo.

domingo, 30 de julho de 2017

PHYCIODES THAROS - (Drury, (1773)


. Características: Esta pequena borboleta pertence á família dos Ninfalídeos (Nymphalidae). As suas asas são de cor laranja com pequenas manchas e linhas irregulares de cor negra que se entrelaçam, sendo as margens das asas geralmente negras. Apresenta também uma fila de pintas pretas na submargem das asas posteriores. A face inferior possui um padrão mais liso e discreto, sendo de cor ocre com poucas linhas ou manchas. A fêmea distingue-se do macho por ser ligeiramente maior e mais escura. A sua envergadura varia entre os 3,5 e os 4 cm de comprimento.


. Habitat: Distribui-se por todo o Leste dos E.U.A, estendendo-se até ao México. É frequente em áreas abertas tais como campos e prados floridos, bermas de estradas, clareiras e orlas de florestas.

. Período de voo: Voa de Abril até Novembro no norte, mais a sul e no México, ao longo de todo o ano em várias gerações.














. Alimentação: A lagarta quando atinge a maturação torna-se castanho-negro, com pequenas pintas claras sobre o dorso que é coberto por pequenos espinhos de cor castanho-claro. Apresenta também duas linhas amareladas na zona lateral do corpo. Alimenta-se de plantas da família Aster entre as quais; Aster pilosus, A. texanus e A. laevis. Na fase da metamorfose a lagarta tece um ponto de seda numa folha ou ramo da planta hospedeira, onde se fixa de cabeça para baixo para se transformar em crisálida. As lagartas hibernam no terceiro estágio do seu crescimento.











. Observação importante: É uma espécie bastante variável no padrão da cor. Existem cerca de 12 espécies do género Phyciodes.






domingo, 23 de julho de 2017

KANISKA CANACE - (Linnaeus, 1763)


. Características: Também conhecida vulgarmente por "Almirante-azul", esta borboleta pertence á família dos Ninfalídeos (Nymphalidae). A face superior das suas asas é negro-acastanhado aveludado, com uma faixa de cor azul-índigo na sub-margem de ambas as asas. Apresenta também uma pequena mancha esbranquiçada entre a margem costal e apical das asas anteriores. A face inferior apresenta um padrão semelhante a uma folha seca ou a troncos das árvores, com manchas e desenhos de tons acastanhados. A fêmea é idêntica ao macho e a sua envergadura varia entre os 5,5 e os 6 cm de comprimento.


. Habitat: Habita as clareiras e orlas de florestas, trilhos e margens de rios e riachos. Distribui-se desde a Índia, Sudeste Asiático e Japão. A borboleta além de se alimentar do néctar das flores, também é atraída pela seiva das árvores, de frutos maduros ou putrefactos. Os machos são muito territoriais e defendem o seu espaço empoleirados em pontos específicos. Quando algum rival invade o seu território, lança-se sobre este expulsando-o, para logo de seguida voltar para o seu posto de vigia. 

. Período de voo: A o longo de quase todo o ano entre os meses de Março até Novembro, em várias gerações.











Alimentação: A lagarta possui os segmentos anelares do seu corpo de cor laranja e branco com pequenas pintas e linhas pretas intercaladas, dos quais saem numerosos espinhos ramificados amarelos de pontas pretas. Alimenta-se de plantas da família Smilacaceae entre as quais; Smilax aspericaulis , Smilax bracteata , Smilax , Smilax lanceifolia , Smilax perfoliata , Smilax riparia , Smilax sebeana , Smilax sieboldii , Heterosmilax japónica, e da família Liliaceae entre as quais; Lilium lancifolum, Streptopus amplexifolius e Tricyrtis hirta. Na fase da metamorfose a lagarta tece um ponto de seda numa folha ou ramo da planta hospedeira, onde se prende de cabeça para baixo para se transformar em crisálida.











. Observação importante: As borboletas da última geração hibernam para voltarem a reaparecer em Março ou inícios de Abril. Existem cerca de 13 subespécies do género Kaniska.






domingo, 16 de julho de 2017

TROIDES MAGELLANUS - (Felder, 1862)


. Características: Esta exótica e bonita borboleta pertence á família dos Papilionídeos (Papilionidae). Existe um certo dimorfismo entre macho e fêmea, isto quer dizer que existem diferenças quer na cor, forma ou tamanho. Assim o macho possui as asas anteriores de cor negra com as nervuras contornadas a branco, enquanto as asas posteriores são amarelo-douradas com nervuras pretas e as extremidades contornadas também a preto. A face inferior é idêntica á superior. O abdómen é amarelo e o tórax é negro com metade da zona lateral vermelho-vivo. É de salientar ainda que as asas posteriores possuem um efeito óptico. Vistas num ângulo estreito e oblíquo o amarelo-dourado passa para um azul-esverdeado iridescente, provocado pela difracção da luz sobre as escamas das asas. A fêmea por sua vez é um pouco maior, com as asas anteriores castanho-negro, com as nervuras largamente sombreadas a branco. As asas posteriores são amarelo-douradas com nervuras pretas, apresentando uma faixa de manchas negras irregulares no centro e extremidades. A sua envergadura varia entre os 10 e os 16 cm de comprimento.


. Habitat: Habita as florestas do Sudeste Asiático, mais precisamente em Orchid Island (Ilha das Orquídeas) em Taiwan, nas Filipinas e Indonésia. Tem por hábito esvoaçar na copa das árvores e pousar na folhagem á procura de potenciais parceiros. Desce até ao nível do solo para se alimentar do néctar das flores e para a colocação dos ovos na sua planta hospedeira.

. Período de voo: Pode ser vista em maior número entre os meses de Março a Abril e de Setembro a Outubro.











. Alimentação: A lagarta é de cor castanho-avermelhado aveludado e possui numerosos tubérculos avermelhados sobre o corpo, e uma mancha branco-creme a meio da zona dorsal. Como todos os Papilionídeos esta também possui um órgão bifurcado atrás da cabeça denominado osmeterium, que projecta para fora do corpo sempre que se sente ameaçada. Alimenta-se de plantas da família Aristolochia entre as quais; Aristolochia acuminata, A. debilis, A, kankauensis, A. tagala e A. Zollingeriana. Na fase da metamorfose a lagarta tece uma cinta de seda á sua volta onde se prende a um ramo da planta hospedeira para se transformar em crisálida.








. Observação importante: É uma espécie que se encontra em declínio e portanto está-se a tornar rara devido á perda do seu habitat, captura e venda ilegal. Está listada no apêndice II da CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens). Agora está estritamente protegida por lei.
Existem seis espécies do género Troides e uma subespécie.