ZOOMARINE INAUGURA O PRIMEIRO BORBOLETÁRIO NO ALGARVE

. O Zoomarine tem o hábito de estrear novas atracções para os visitantes todos os anos. A novidade para esta temporada foi a inauguração da primeira casa de borboletas dedicada ao Algarve no passado mês de Abril. O Butterfly Garden é um jardim botânico tropical que serve de habitat para centenas de borboletas exóticas da África, Ásia e América.

A ideia partiu do fundador do parque, Pedro Lavia , que se inspirou num projecto semelhante em Benalmádena, Espanha. “Queríamos replicar uma floresta tropical, e tudo tinha que ser feito a pensar nas borboletas para oferecer as melhores condições para elas. Além da vegetação, que é muito importante para esses insectos, tivemos que garantir níveis adequados de temperatura e humidade . É por isso que às vezes até chove no jardim ”, diz Vasco Alves, responsável pelo borboletário.

Antes do parque reabrir para a temporada, era importante primeiro entender como cada espécie se adaptaria ao seu novo lar. “ Tínhamos que garantir que as borboletas se adaptassem ao ambiente , que apresentassem comportamentos naturais e que tivessem o que precisavam para se alimentar. Testamos todos esses aspectos e não demorou muito para que alguns dos espécimes começassem a se reproduzir. Isso mostrou-nos que tínhamos condições para sobreviverem aqui”, lembra.

400 borboletas, 20 espécies diferentes

. O Jardim das Borboletas com mais 300m² conta com mais de 70 espécies de plantas e abriga quase 400 borboletas. Existem 20 espécies diferentes de borboletas diurnas e nocturnas, com cores, tamanhos e características completamente diferentes.

Também possui uma queda de água que ajuda a regular a temperatura em torno de 28ºC e humidade de 75% e lagos com peixes, como carpas e ciclídeos.

Vasco Alves destaca algumas que são mais fáceis de distinguir: “As borboletas-coruja , por exemplo, são uma das maiores e temos várias deste grupo. O imperador e o morfo de Aquiles são provavelmente os mais pequenos, mas destacam-se pela sua coloração. Existem também pelo menos cinco espécies de Heliconius de asas longas , todas com cores diferentes.

“Depois temos o Papilio , um género do qual temos várias espécies como a esmeralda , que é verde, e a rumanzovia , que é escarlate.” Um traço comum que todos compartilham é que nenhum está em perigo , já que isso “exigiria outras circunstâncias que seriam mais difíceis de gerenciar”.

 

Quando questionado sobre o facto de nenhuma das borboletas ser da Europa, diz que a razão disso se deve ao “ valor educativo deste espaço ” . O principal objectivo do jardim é encantar , mas também aproveitar isso para transmitir conhecimento. A ideia é que as pessoas voltem para casa sabendo o quanto esses animais são importantes e o que pode ser feito para protegê-los. As memórias associadas à emoção são muito mais fortes do que qualquer conhecimento adquirido ”, assegura. Daí a selecção de borboletas.

“Queremos que este lugar fique na memória das pessoas, por isso escolhemos espécies diferentes do que estamos acostumados a ver, para actuar como embaixadores. Como não existem em Portugal, esperamos que provoquem emoções interessantes .”

De acordo com Mariana Poupado, responsável pela comunicação do Zoomarine, os visitantes do parque até agora ficaram encantados com a nova atracção zoológica. “ É um lugar tão único e inesperado. O feedback não poderia ser melhor.”

(Vasco Alves e Mariana Poupado)

Focado em continuar a proporcionar uma visita memorável e segura, o Zoomarine mantém todas as regras de segurança de sempre e as orientações mais recentes por parte da DGS. Entre as várias medidas, continuam a auto-determinação da lotação máxima para cada dia e o check-in prévio obrigatório.

Ainda com o objectivo de tornar a visita mais prática e segura, o parque temático disponibiliza uma pulseira que permite que os visitantes façam pagamentos no interior do recinto sem recurso a dinheiro ou cartões: o Zoomarine Pay. A pulseira é à prova de água, pode ser reutilizada e carregada a qualquer momento da sua visita, por miúdos e graúdos!

Por tudo isto e muito mais, a visita ao Zoomarine, um dos melhores parques temáticos da Europa, é uma descoberta imperdível, num ano em que se esperam alcançar novos recordes de magia e diversão, juntos de todos os que visitarão o parque temático de Albufeira, nesta nova e promissora temporada de 2022!

Fonte: https://www.portugalresident.com

https://www.maisalgarve.pt/

PAPILIO ECHERIOIDES - (Trimen, 1868)

. Características: Vulgarmente conhecida por "cauda-de-andorinha de faixa-branca", esta borboleta pertence á família Papilionidae. É uma espécie que possui dimorfismo sexual, ou seja, existem diferenças acentuadas entre macho e fêmea. Assim o macho possui asas negras com uma larga faixa transversal de manchas brancas que atravessa as asas anteriores e as posteriores. Nas asas posteriores apresenta também uma fileira de pintas brancas nas extremidades. A face inferior das asas é idêntica á superior mas de tons acastanhados com nervuras negras. De salientar que a zona basal das asas posteriores é de cor castanho-avermelhada. A zona do tórax apresenta numerosos pontos brancos. A fêmea por sua vez, possui asas castanho-escuras pintalgadas por pequenas manchas brancas nas asas anteriores, enquanto as posteriores exibem uma grande área central de cor branco-creme e nas extremidades das asas possui igualmente uma fileira de pintas brancas. A sua envergadura varia entre os 6,5 e os 7,5 cm de comprimento.

. Habitat: É nativa de África e encontra-se pela África Subsariana. O seu habitat consiste em florestas densas, mas também áreas abertas onde busca pelo néctar das flores.

. Período de voo: Voa em duas gerações, de Janeiro a Março e de Setembro a Novembro.

. Alimentação: A lagarta nos últimos instares do seu crescimento é de cor verde na parte superior dorsal, que por sua vez é dividida por uma linha irregular que separa a parte lateral e inferior que é de cor castanho-creme. Alimenta-se de plantas da família Rutacea; (Toddalia asiatica, Zanthoxylum capense, Zanthoxylum delagoense, Citrus, Fagara). Na fase da metamorfose a lagarta tece um fio de seda á sua volta onde se prende a um ramo ou folha da planta hospedeira para se transformar em crisálida e posteriormente em adulto.

. Observação importante: Como todas as lagartas de papilionídeos, esta também possui um órgão bifurcado denominado osmeterium, que se encontra no segmento pro-torácico logo a seguir á cabeça e que projecta para fora do corpo sempre que se sente ameaçada. Este órgão produz um cheiro desagradável que repele os intrusos.

CONSUL PANARISTE - (Hewitson, 1856)

. Características: Vulgarmente conhecida por "asa-de-folha" esta raridade das montanhas tropicais húmidas pertence á família Nymphalidae. É uma espécie que possui dimorfismo sexual, ou seja, existem diferenças acentuadas entre os dois sexos. Assim o macho possui asas falcadas, ou seja, com as extremidades estreitas e curvas nas asas anteriores. Exibe um tom azul-escuro com reflexos violáceos, enquanto que metade das asas posteriores são branco-creme e terminam com um par de caudas. A face inferior das asas exibem um padrão de camuflagem idêntico ao de uma folha seca. A fêmea por sua vez, diferencia-se do macho por ter asas castanho-escuras, com uma fileira de manchas ovais de cor branco-creme junto ás extremidades. Nas asas posteriores, metade são de cor castanho-avermelhadas sendo o restante de cor creme até ás extremidades que são contornadas a castanho-escuro. A face inferior, tal como o macho, é semelhante ao de uma folha seca. A sua envergadura varia entre os 6 e os 7 cm de comprimento.

. Habitat: Habita as florestas tropicais e sub-tropicais húmidas até aos 2000 metros de altitude. Pode ser encontrada geralmente na copa das árvores a esvoaçar por entre a folhagem ou pousada na parte inferior de uma folha quando está em repouso. Ocasionalmente desce até ao solo para absorver sais minerais da areia ou de frutos em decomposição. Distribui-se pela América Central e norte da América do Sul, desde a Costa Rica, Panamá, Guatemala, Nicarágua, Colômbia e Venezuela.  

. Período de voo: Voa ao longo do ano em várias gerações. 

. Alimentação: A lagarta é esverdeada com pequenas manchas vermelho-acastanhadas e exibe na cabeça pequenos espinhos amarelos. Alimenta-se de plantas da família Piperaceae como (Piper reticulatum). Na fase da metamorfose a lagarta tece um ponto de seda numa folha da planta hospedeira onde se fixa de cabeça para baixo para se transformar em crisálida e posteriormente em adulto.

. Observação importante: Existem 4 espécies do género Consul.

ANCEMA BLANKA - (Niceville, 1894)

. Características: Vulgarmente conhecida por (prata-real) esta pequena jóia alada pertence á família Lycaenidae. A face superior das suas asas são de cor azul-turquesa em toda a sua área central, sendo a restante área da zona apical e sub-apical de cor negra. As asas posteriores também são contornadas a negro nas extremidades, que terminam com dois pares de pequenas caudas. A face inferior é de cor cinza-prateada com uma linha escura tracejada ao longo da sub-margem. Possui também duas pintas pretas contornadas a laranja nas extremidades das asas posteriores. A fêmea distingue-se do macho por ter um padrão de cor mais pálido. A sua envergadura varia entre os 3,5 e os 4 cm de comprimento.

Habitat: Pode ser encontrada em florestas tropicais e subtropicais onde é frequentemente vista no topo das árvores a visitar as flores e aqueçer-se ao sol com as asas entreabertas pousada na folhagem. Ocasionalmente pode ser vista em trilhos e caminhos de terra batida atraída pelos excrementos de animais, ou junto a poças de água a sugar os sais minerais existentes no solo húmido. Distribui-se pela Índo-Malásia. 

. Período de voo: Voa ao longo do ano em várias gerações.

. Alimentação: A lagarta é de cor verde e de forma achatada com uma minúscula pilosidade sobre o corpo. Possui também uma pequena mancha branca entre o primeiro e segundo segmento a seguir á cabeça na zona dorsal. Alimenta-se de plantas do género Viscum da família (Santalaceae) como Viscum ovalifolium. Na fase da metamorfose a lagarta tece um fio de seda á sua volta onde se prende a uma folha da planta hospedeira para se transformar em crisálida e posteriormente em adulto.

. Observação importante: Esta espécie é legalmente protegida na Índia sob o Anexo II da Lei da Vida Selvagem (Protecção) de 1972.