POLYOMMATUS ICARUS - (Rottemburg, 1775)

. Características: Vulgarmente conhecida pelo nome de "Azul-comum" esta pequena borboleta pertence á família Lycaenidae. Esta espécie apresenta dimorfismo sexual, ou seja, existem diferenças acentuadas entre macho e fêmea. Assim a face superior das asas do macho apresenta um bonito azul brilhante, contornado por uma linha negra nas extremidades. A face inferior é cinza beje com numerosas pintas e marcas negras contornadas a branco, e apresenta uma fileira de manchas laranja junto á extremidade das asas posteriores. A fêmea por sua vez, apresenta um padrão acastanhado com uma pequena quantidade de azul variável na zona basal da parte interna das asas junto ao corpo. Apresenta também uma fileira de pequenas manchas de cor laranja junto ás extremidades de ambas as asas. A face inferior das asas é idêntica á do macho mas com um tom mais escuro como base. A sua envergadura varia entre os 3 e os 3,5 cm de comprimento.

. Habitat: Habita lugares floridos como prados, pastagens e relvados, aterros ferroviários. Está distribuída pela Europa, até ao Norte da China e Norte de África.

. Período de voo: Voa de Maio a Setembro em duas ou três gerações anuais.

. Alimentação: A lagarta é verde e possui o corpo revestido por uma pilosidade de pequenos e finos pelos esbranquiçados. Apresenta também na zona lateral do corpo uma linha amarelada. Alimenta-se de plantas da família Fabaceae entre as quais; (Lotus corniculatus), (Medicago lupulina),(Ononis repens),(Lotus pedunculatus) e (Trifolium dubium). Na fase da metamorfose a lagarta transforma-se em crisálida no solo junto ao caule planta hospedeira e sob a matéria orgânica, onde mais tarde irá emergir o inseto adulto.

. Observação importante: A lagarta hiberna. Existem cerca de 69 espécies do género Polyommatus.

NOCTUA FIMBRIATA - (Schreber, 1759)

. Características: A Noctua fimbriata é uma borboleta noturna que pertence á família Noctuidae. As suas asas anteriores variam da cor ocre claro nas fêmeas e o verde oliva acastanhado nos machos, exibindo uma faixa transversal escura contornada por uma linha clara e no centro de cada asa possui duas pequenas marcas circulares e duas outras pequenas marcas pretas junto ás extremidades da zona apical das asas. As asas posteriores são amarelo alaranjadas com uma larga faixa negra junto ás extremidades. A sua envergadura varia entre os 4,8 e os 5,5 cm de comprimento.

. Habitat: Pode ser encontrada em clareiras e margens de florestas, campos e pradarias, áreas suburbanas, parques, áreas agrícolas e cultivadas. Está distribuída por toda a Europa.

. Período de voo: Voa de fins de Junho a inícios de Outubro, numa ou duas gerações.

. Alimentação: A lagarta é castanho clara ou bege acastanhada e os espiráculos na zona lateral do corpo são brancos contornados a negro. Alimenta-se de várias espécies de plantas entre as quais; Rumex da família (Polygonaceae), urtica (Urticaceae), Taraxacum officinale (Asteraceae), Lamium galeobdolon (Lamiaceae), Salix cáprea (Salicaceae) entre outras. Na fase da metamorfose a lagarta enterra-se no solo e constrói uma espécie câmara subterrânea no interior do qual irá se transformar em pupa e posteriormente irá emergir o inseto adulto á superfície.

. Observação importante: A lagarta hiberna. Existem cerca de 15 espécies do género Noctua.

TAJURIA MANTRA - (C. & R. Felder, 1860)

. Características: A Tajuria mantra é uma pequena borboleta diurna que pertence á família (Lycaenidae). A face superior das suas asas são de cor azul Royal com uma larga faixa negra na zona apical das asas anteriores. As asas posteriores são igualmente azuis contornadas a negro nas extremidades e exibem um pequeno ocelo de cor laranja e negro, e que terminam em dois pares de finas e longas caudas negras com pontas brancas. A face inferior é castanha acinzentada com uma linha irregular escura vertical e possui igualmente nas asas posteriores um ocelo negro contornado a laranja e azul nas extremidades. A fêmea distingue-se do macho por ser mais pálida na face superior das asas, exibindo uma coloração azul acinzentado. A sua envergadura varia entre os 3 e os 3,5 cm de comprimento.

. Habitat: Habita prados, clareiras e orlas de florestas montanhosas, onde é vista a pousar ou a sobrevoar a copa das árvores. Está distribuída pelo Sudeste asiático.

. Período de voo: Voa ao longo do ano em várias gerações.

. Alimentação: A lagarta tem um aspeto bastante peculiar. Os seus segmentos anteriores formam um escudo semelhante a uma carapaça colorida de um bege claro. Os segmentos posteriores são bege avermelhados e têm um formato de escudo achatado, em que os segmentos entre eles são verdes. No geral, a lagarta parece um excremento de ave. Alimenta-se de espécies de Dendrophthoe e Scurrula da família (Loranthaceae). Na fase da metamorfose a lagarta tece um fio de seda á sua volta, onde se prende á planta hospedeira, para se transformar em crisálida e posteriormente irá emergir o inseto adulto.

. Observação importante: Existem cerca de 29 espécies do género Tajuria.

CLOSTERA CURTULA - (Linnaeus, 1758)

. Características: Vulgarmente conhecida por "ponta-de-chocolate" esta borboleta noturna pertence á família Notodontidae. As suas asas anteriores são de cor beje acastanhado ou cinza acastanhado com finas linhas transversais escuras contornadas a branco. Apresenta também duas manchas castanhas cor de chocolate, uma que abrange a cabeça e o tórax, e outra na zona apical nas extremidades das asas anteriores. As asas posteriores são branco acinzentadas. Ambos os sexos são idênticos e a sua envergadura varia entre os 3 e os 3,5 cm de comprimento.

. Habitat: Pode ser encontrada em locais onde existam as suas plantas hospedeiras desde margens de cursos de água, Florestas, matagais e parques. Está distribuída pela Europa estendendo-se até á Ásia temperada no leste da China.

. Período de voo: Voa de Abril a meados de Setembro, numa ou duas gerações anuais.

. Alimentação: A lagarta no último instar do seu crescimento torna-se esbranquiçada com minúsculas manchas e linhas tracejadas de cor negra, e numerosas pintas amarelas. Apresenta também dois pequenos tubérculos ou protuberâncias circulares de cor negra na zona dorsal, uma perto da cabeça e outra no penúltimo segmento do corpo, que é coberto por finos e curtos pelos esbranquiçados. Alimenta-se de folhas de Populus tremula e Salix da família (Salicaceae). Na fase da metamorfose tece um casulo de seda entre duas folhas da planta hospedeira, no interior do qual irá se transformar em pupa e posteriormente irá emergir o inseto adulto.

. Observação importante: Existem cerca de 35 espécies do género Clostera.