Este blog é dedicado a todos os amantes da Natureza e ao público em geral. Mas principalmente aqueles que se interessam pelo fascinante mundo dos Lepidópteros (Borboletas). Além de tudo, este blog é um guia onde o leitor poderá conhecer e identificar as mais variadas espécies de borboletas existentes um pouco por todo o mundo.

domingo, 29 de abril de 2018

PAPILIO ISWARA - (White, 1842)


Características: Conhecida vulgarmente por “Great Helen” (Grande Helena), esta grande e rara borboleta pertence á família dos Ninfalídeos (Nymphalidae). As suas asas são negras, com uma grande mancha branca nas asas posteriores e dois ocelos negros contornados a vermelho, formando assim duas meias-luas junto ás extremidades internas e onduladas das asas posteriores, que terminam em duas caudas compridas e largas em forma de espátula. A face inferior é idêntica á superior, no entanto nas asas posteriores possui lúnulas ou meias-luas azuis junto aos ocelos vermelhos. A fêmea é idêntica ao macho, no entanto, distingue-se deste por ser mais clara castanho-escura, apresentando nas asas anteriores filamentos mais claros entre as nervuras, sendo os ocelos vermelhos das asas posteriores maiores que os do macho. A sua envergadura varia entre os 12 e os 14 cm de comprimento, sendo a fêmea ligeiramente maior que o macho.


Habitat: Esta espécie é geralmente encontrada dentro de áreas florestais, como florestas tropicais húmidas e reservas naturais, raramente é vista em áreas suburbanas e urbanas. Geralmente voa a 5 ou 6 metros acima do solo, por entre a folhagem ou na copa das árvores, exceto quando se alimenta de arbustos floridos. Como muitos outros papilionídeos, as suas asas anteriores vibram freneticamente enquanto as posteriores se mantêm quase paradas quando pousa nas flores para se alimentar. Distribui-se pelo Sudeste Asiático.

Período de voo: Ao longo do ano em várias gerações.














Alimentação: A lagarta quando jovem assemelha-se ao excremento de ave, mais tare e no último instar ou na fase de pré-pupa, torna-se verde com duas ou três faixas transversais oblíquas de cor branco-acinzentadas, que vão da zona lateral do corpo até ao dorso. Possui ainda sobre os segmentos dorsais logo a seguir á cabeça duas pregas que sobressaem no dorso com desenhos ou linhas pretas e uma pequena mancha ocelar preta e branca que faz lembrar dois pequenos olhos de uma serpente se vista de frente. Este tipo de camuflagem é usado como defesa contra os predadores. Como todas as lagartas do seu género, esta também possui um órgão bifurcado e carnudo atrás da cabeça, denominado de osmeterium, que projeta para fora do corpo quando se sente ameaçada. Na fase da metamorfose a lagarta tece uma cinta de seda á sua volta onde se prende a um ramo da planta hospedeira para se transformar em crisálida. Alimenta-se das folhas de Maclurodendron porteri, da família (Rutaceae).









Observação importante: É uma espécie que tem vindo a sofrer com a perda do seu habitat, neste caso as florestas.






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