GYNANISA MAJA - (Klug, 1836)

. Características: Esta borboleta nocturna pertence á família dos Saturnídeos (Saturniidae). As suas asas são machadas em vários de tons de cinza-acastanhado, com várias faixas mais claras e linhas onduladas pretas. Apresentam também um pequeno ocelo escuro no centro de cada asa. As asas posteriores apresentam um grande ocelo concêntrico castanho-rosado de núcleo preto, semelhante a dois grandes olhos intimidadores. Quando perturbada, a borboleta abre as asas deixando á vista estes enormes olhos intimidadores semelhantes aos olhos de um mocho ou coruja. A fêmea é idêntica ao macho, no entanto, o macho possui grandes antenas plumosas semelhantes a radares que utiliza para detectar as feromonas emitidas pela fêmea. A sua envergadura varia entre os 11,5 e os 13,5 cm de comprimento, sendo a fêmea ligeiramente maior que o macho.

. Habitat: É uma espécie endémica de África e pode ser encontrada em vários tipos de habitat, desde regiões áridas até ás florestas tropicais húmidas.

. Período de voo: Voa desde fins de Dezembro até inícios de Fevereiro, numa ou duas gerações por ano.

. Alimentação: As lagartas são gregárias nos primeiros instares de vida tornando-se solitárias á medida que vão crescendo. Nos últimos instares são verdes com uma linha castanho-avermelhada na zona lateral do corpo e minúsculas pintas prateadas. Apresentam também numerosos espinhos prateados, curtos e grossos, mas moles, ao longo do dorso. Na altura da metamorfose as lagartas descem até ao solo para encontrarem um local seguro para pupar, para isso, escavam uma câmara subterrânea com uma profundidade de cerca de 20 cm. Alimentam-se de vários tipos de plantas entre as quais; Prunus laurocerasus, Acacia karroo, Acacia mearnsii, Acacia baileyana, Julbernardia globiflora, Cassia, Brachystegia venosa, Elephantorhiza burchelli, Colospermum, Peltophorum, Pterocarpus, Quercus gambelii, Quercus robor, Robinia pseudoacacia, Schotia, entre outras.

. Observação importante: Como todos os Saturnídeos o adulto desta espécie não se alimenta porque possui um aparelho bucal muito rudimentar. Em vez disso, vai buscar a energia acumulada no seu corpo enquanto era lagarta. A sua única função é encontrar parceiro para a reprodução e continuação da espécie.