. Características: Esta borboleta pertence á família dos Ninfalídeos (Nymphalidae). As suas asas tem como cor de fundo negro-azulado, apresentando um padrão marmoreado, manchado de azul-acinzentado brilhante. Nas asas anteriores possui uma faixa transversal de cor branca, e nas asas posteriores apresenta uma fileira de pintas azuladas rodeadas por manchas ovais em forma de lágrimas. A face inferior é muito atractiva, sendo de cor negra com manchas vermelhas em forma de gomos, desde a base junto ao corpo, não chegando ás extremidades das asas posteriores. As anteriores apresentam de igual forma a faixa branca. Ambos os sexos são idênticos, e a sua envergadura varia entre os 7,5 e os 8,5 cm de comprimento.
. Habitat: Habita as orlas e clareiras das florestas húmidas da América Central e do Sul, estendendo-se desde o México até á Argentina, até aos 1500 metros de altitude. As borboletas passam grande parte do tempo pousadas nos troncos das árvores de cabeça para baixo, á espera de potenciais parceiros. Se perturbadas fazem curtos voos, voltando ao ponto de partida ou pousando a uma altitude superior. Ao contrário de outras espécies, esta alimenta-se de frutos maduros ou putrefactos e de excrementos de animais.
. Período de voo: Ao longo do ano em várias gerações.
. Alimentação: As lagartas são gregárias, vivendo e alimentando-se em grupos. São negras, cobertas de espinhos ramificados com pontas esbranquiçadas, dos quais se destacam dois longos espinhos sobre a cabeça. Apresentam também sobre a zona central do dorso, pequenos desenhos circulares e espinhos de cor amarelo-alaranjados ou avermelhados. Alimentam-se de Dalchampia scandens da família Euphorbiaceae. Na fase da metamorfose a lagarta tece um ponto de seda numa folha ou haste da planta hospedeira, fixando-se de cabeça para baixo para se transformar em crisálida. A crisálida tem um aspecto peculiar, assemelhando-se a uma folha seca, de cor verde e castanha, com duas longas protuberâncias onduladas na zona da cabeça.
. Observação importante: Uma característica curiosa é a dos machos produzirem um som similar á crepitação, ruído ou estalido durante o voo. É produzido por um par de hastes espinhosas na ponta do abdómen contra as cerdas sobre a zona anal. Somente os machos podem produzir o som, mas ambos os sexos podem detectá-lo. As suas asas têm pequenas células ocas, cobertas de membranas, que vibram em resposta ao som e estimulam as terminações nervosas. A finalidade do som não é conhecida. Pode possivelmente dissuadir os outros machos concorrentes de ocuparem o mesmo território. Existem cerca de 21 espécies do género Amadryas.
Fantástico material Fernando. Abraços e felicidades.
ResponderEliminarObrigado, João. Abraço!
ResponderEliminarExcelente publicação. Obrigada.
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