. Não, não é uma nova espécie de lepidóptero, nem muito menos uma mutação genética, mas sim um dos seus inimigos naturais. Os Cordyceps são um grupo de fungos parasitas que contêm mais de 400 espécies descritas. Os seus hospedeiros são normalmente insetos, mas também podem infetar outros fungos.
A reprodução desses fungos acontece por meio de esporos. Quando o esporo chega a um inseto sob circunstâncias favoráveis ao seu desenvolvimento, este começa a crescer e adentra, com a ajuda de enzimas, pelo exosqueleto do inseto, e vai crescendo dentro dele.
Um facto curioso, é que este fungo parasita além de sobreviver á custa de outro ser vivo, também pode mudar o seu comportamento, fazendo com que ele haja como um "morto-vivo", tornando-se menos activo e permanecendo em locais sombrios e húmidos, de maneira a favorecer o seu desenvolvimento.
. Exemplar de uma borboleta da família Sphingidae vítima deste fungo patogénico.
. Mais tarde, o fungo impele o insecto a subir a uma haste, onde ele acaba por morrer. Desse ponto elevado, permite que os esporos que cresceram para fora do corpo da vítima sejam levados e espalhados pelo vento, até que cheguem a um novo hospedeiro, recomeçando assim um novo ciclo de vida.
. Ilustração do desenvolvimento do fungo Cordyceps em vários hospedeiros.
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