Este blog é dedicado a todos os amantes da Natureza e ao público em geral. Mas principalmente aqueles que se interessam pelo fascinante mundo dos Lepidópteros (Borboletas). Além de tudo, este blog é um guia onde o leitor poderá conhecer e identificar as mais variadas espécies de borboletas existentes um pouco por todo o mundo.

domingo, 25 de junho de 2017

NEOCHERITRA AMRITA - (C. Felder & R. Felder, 1860)


. Características: Também conhecida por "Grande-Imperial" esta pequena e elegante borboleta pertence á família Lycaenidae. O macho desta espécie é castanho-negro desde a zona apical das asas anteriores, estendendo-se até ás margens das asas posteriores que terminam em duas longas e elegantes caudas de cor branca. As metades internas e basais das asas são de cor azul-brilhante. A face inferior é de cor alaranjada nas asas anteriores que se desvanece no branco imaculado das posteriores, onde terminam com pequenas marcas negras. A fêmea por sua vez distingue-se do macho por não possuir a zona azul-iridescente nas asas. A sua envergadura varia entre os 3,6 e os 4,5 cm de comprimento.


. Habitat: Habita as clareiras e orlas de florestas do Sudeste Asiático, em países como Myanmar, Tailândia, Malásia Peninsular, Singapura, Sumatra e Bornéu.

. Período de voo: É vista com mais frequência entre os meses de Julho a Agosto.







. Alimentação: ..........................? A lagarta tem um aspecto muito peculiar, sendo nos primeiros instares de vida de cor branco-amarelada com minúsculos pêlos, passando depois para o branco com riscas e manchas acastanhadas, sendo a base do seu corpo achatado e bifurcado na zona anal e junto da cabeça, possuindo também pequenos tubérculos em forma de serrilha no dorso, dando-lhe um aspecto bizarro e semelhante ao de um molusco ou excremento de ave. Na fase da metamorfose tece um ponto de seda numa folha ou ramo da planta hospedeira onde se fixa para pupar.










. Observação importante: Existem 4 espécies do género Neocheritra.





domingo, 18 de junho de 2017

PAPILIO DARDANUS - (Brown, 1776)


. Características: Esta espécie pertence á família dos Papilionídeos (Papilionidae), e é uma espécie que possui dimorfismo sexual e desenvolveu um mimetismo batesiano. Isto quer dizer que existem diferenças acentuadas entre macho e fêmea, quer na forma cor ou padrão, e que evoluiu de maneira a imitar outras espécies consideradas nocivas para os seus predadores. Assim os machos têm uma aparência mais ou menos uniforme, sendo as suas asas de cor branca com uma larga faixa marginal de cor negra com uma pinta branca, que vai desde a zona apical das asas anteriores, estendendo-se ás posteriores com algumas manchas negras irregulares, onde as margens são contornadas a negro e terminam em duas caudas com pontas brancas. As fêmeas neste caso não possuem caudas e a sua coloração de fundo normal é castanho-negro, com uma grande mancha branca na zona central de ambas as asas e outras mais pequenas espalhadas pela restante área, formando uma fileira de pequenas manchas nas margens das asas posteriores. A face inferior é idêntica á superior em ambos os sexos, mas mais pálida. A zona do tórax possui pintas brancas e o abdómen possui pintas pretas em ambos os sexos. A sua envergadura varia entre os 10 e os 12 cm de comprimento.


. Habitat: Habita as florestas tropicais de grande parte de África, bem como terras altas e montanhosas, parques e jardins urbanos e jardins botânicos, até aos 1800 metros de altitude.

. Período de voo: Ao longo de todo o ano em várias gerações.















. Alimentação: O aspecto da lagarta nos primeiros instares de vida assemelha-se ao excremento de ave, sendo de cor castanha manchada de branco. Apresenta também dois tubérculos mais logos no primeiro segmento logo a seguir á cabeça e mais quatro nos últimos segmentos do corpo providos de minúsculos espinhos também de cor branca. Mais tarde e nos últimos instares torna-se verde com minúsculas pintas azuis sobre o dorso. Como todos os papilionídeos, possui um órgão bifurcado logo atrás da cabeça que projecta para fora do corpo sempre que se sente ameaçada. Alimenta-se de várias espécies de plantas da família Rutaceae entre as quais; Calodendron, Clausena, Citrus, Fagara, Teclea, Vepris e Toddali e da família Monimiaceae como a Xymalos. Na fase da metamorfose tece uma cinta de seda á sua volta, onde se prende a um ramo ou folha da planta hospedeira para se transformar em crisálida.









. Observação importante: As fêmeas podem apresentar várias formas, desde a coloração normal preta e branca, passando pelo preto, branco e alaranjado, até ao laranja e preto. Esta evolução e mimetismo no padrão da cor, favorece a espécie contra os predadores, imitando assim outras espécies consideradas nocivas como por exemplo do género Danainae, da família dos Ninfalídeos.
Existem cerca de 13 subespécies do género dardanus.







domingo, 11 de junho de 2017

PAPILIO AEGEUS - (Donavan, 1805)


. Características: Esta borboleta de grande porte pertence á família dos Papilionídeos (Papilionidae). É uma espécie que apresenta dimorfismo sexual entre os dois sexos, ou seja, existem diferenças acentuadas entre macho e fêmea. Assim o macho possui asas negras, com uma faixa branca transversal nas asas anteriores, sendo que nas posteriores apresenta uma grande área irregular igualmente de cor branca no seu centro, e dois ocelos vermelho-alaranjados na margem interna das asas. A fêmea por sua vez possui a metade das asas anteriores de cor branca com nervuras pretas e duas fileiras de lúnulas vermelho-alaranjadas e outra de cor azul nas asas posteriores, que são levemente onduladas nas margens sem caudas. A face inferior é idêntica á superior. A sua envergadura varia entre os 10 e os 12 cm nos machos e os 12 a 14 cm nas fêmeas.


. Habitat: Pode ser encontrada onde exista a sua planta hospedeira como planícies e terrenos agrícolas, orlas de florestas, pomares, jardins suburbanos etc. Distribui-se por toda a zona oriental da Austrália, estendendo-se até Pápua-Nova Guiné.

. Período de voo: Voa todo o ano em várias gerações.














. Alimentação: A coloração da lagarta nos primeiros instares de vida assemelha-se a excremento de ave, sendo castanho-clara brilhante com manchas brancas e coberta por tubérculos espinhosos. Á medida que vai crescendo vai-se tornando verde e as manchas brancas tornam-se mais estreitas e acastanhadas. Os tubérculos espinhosos também vão-se tornando mais pequenos e finos. Como todos os Papilionídeos a lagarta quando se sente ameaçada projecta um órgão bifurcado por detrás da cabeça de cor vermelho-vivo chamado de osmeterium, que produz um cheiro desagradável para afastar os predadores. Alimenta-se de várias espécies de citrinos da família Rutaceae entre os quais; Citrus limon, Choiya ternata, Fortunella margarita, Poncirus trifoliata, Acronychia oblonga, Eeremocitrus glauca, Geijera parviflora, Halfordia scleroxyla, Microcitrus australasia, Murraya paniculata, Zanthoxylum brachyacanthum, Zieria smithii. Na fase da metamorfose a lagarta tece uma cinta de seda á sua volta onde se prende a um ramo ou folha da planta hospedeira para se transformar em crisálida.











. Observação importante: Existem 9 subespécies do género aegeus.