VANESSA GONERILLA - (Fabricius, 1775)

. Características: Conhecida vulgarmente por "Almirante-vermelho da Nova Zelândia", esta borboleta pertence á família dos Ninfalídeos (Nymphalidae). As suas asas são de cor castanho-escuro na zona central junto ao corpo, tornando-se negras aveludadas até ás extremidades. Possui ainda uma faixa arqueada vermelho-alaranjado na zona central e pequenas manchas branco-azuladas na zona apical e sub-apical das asas anteriores. As posteriores possuem quatro pequenos ocelos negros com núcleo azul no centro da faixa laranja. A face inferior possui uma camuflagem eficaz quando está pousada com as asas fechadas. Possui um padrão jaspeado de tons castanho-acinzentados e nas asas anteriores destaca-se um ocelo negro contornado a azul junto á margem costal. Ambos os sexos são idênticos e a sua envergadura varia entre os 5 e os 6 cm de comprimento.

. Habitat: É uma espécie endémica da Nova Zelândia. Pode ser encontrada em vários tipos de habitat onde cresçam as suas plantas hospedeiras. Além de se alimentar do néctar das flores, também se alimenta da seiva dos troncos das árvores e de frutos maduros e putrefactos. Habita clareiras e orlas florestais, margens de cursos de água, parques e jardins.

. Período de voo: Ao longo de quase todo o ano em várias gerações. É uma borboleta que tem uma longa longevidade, podendo viver entre 4 a 6 meses, podendo estender-se até aos 9 meses no caso dos indivíduos da última geração que acabam por hibernar no estado adulto nos meses mais frios.

. Alimentação: A lagarta no último instar do seu crescimento é de cor negra com minúsculos pontos brancos e duas linhas longitudinais na zona lateral do corpo de cor creme. Possui também numerosos espinhos ramificados de cor verde-escura sobre o corpo. Tal como todas as outras espécies de "Almirantes" a lagarta desta espécie constrói um abrigo nas folhas da planta hospedeira, onde dobra a folha com fios de seda de uma margem á outra e permanece escondida no seu interior de possíveis predadores alimentando-se da mesma. Quando a folha é devorada, passa para outra e inicia o processo de novo. Alimenta-se de plantas da família Urticaceae (Urtigas) entre as quais; Urtica ferox e Urtica dioica. Na fase da metamorfose a lagarta tece um ponto de seda numa folha da planta hospedeira, onde se fixa de cabeça para baixo para se transformar em crisálida e posteriormente em borboleta.

. Observação importante: Existem 20 espécies do género Vanessa. Este género divide-se em 2 grupos - as "Damas pintadas" e os "Almirantes-vermelhos". As borboletas da última geração hibernam nos meses mais frios.