. Características: Vulgarmente conhecida por "borboleta-asa-de-vidro" ou "borboleta-de-cristal", esta jóia da natureza pertence á família dos Ninfalídeos (Nymphalidae). Como o seu nome indica, esta espécie pertence a um pequeno grupo de borboletas que possuem asas transparentes. Grande parte do tecido das suas asas não possui escamas coloridas como em espécies comuns, exceto as nervuras e as extremidades das asas, que são castanho-escuras com reflexos alaranjados. Mas quando a luz incide num certo ângulo sobre as asas, estas emitem um brilho colorido semelhante a um vitral. Possui ainda uma faixa esbranquiçada no ápice das asas anteriores. A face inferior é idêntica. Ambos os sexos são idênticos e a sua envergadura varia entre os 5,5 e os 6 cm de comprimento.
. Habitat: Habita as florestas tropicais húmidas da América Central e do Sul, até aos 1500 metros de altitude. Os machos bastante competitivos entre si em relação ás fêmeas, e juntam-se em pequenos grupos para as disputar, lançando feromonas para as atrair.
. Período de voo: Pode ser encontrada ao longo de quase todo o ano. Embora de aspecto aparentemente frágil, as suas asas são bastante robustas, permitindo fazer longos voos migratórios até ao México e Texas.
. Alimentação: A lagarta nos primeiros instares é verde-clara com uma linha amarela de cada lado do corpo. Nos últimos instares torna-se cinza-azulada, com uma linha amarela tracejada e pontilhada de verde-escuro na zona lateral do corpo. Por último, e na fase de pré-pupa, torna-se novamente verde-clara e meia transparente. Alimenta-se de plantas da família Solanaceae, como várias espécies de Cestrum. Estas plantas são tóxicas, e a lagarta ao alimentar-se delas vai acumulando essas substâncias no seu organismo, tornando-se igualmente tóxica. Por isso, é evitada pelos predadores como as aves. Na fase da metamorfose tece um ponto de seda numa folha da planta hospedeira, onde se pendura de cabeça para baixo para se transformar em crisálida.
. Observação importante: A área transparente das suas asas serve como meio de defesa e de camuflagem. Uma vez que carece de escamas coloridas encontradas noutras borboletas, isto resulta na baixa absorção e dispersão da luz que passa através das suas asas. Também tal como em lagarta, o adulto vai buscar a sua toxidade ao néctar de certas flores que contêm alcaloides pirrolizidínicos. Estes alcaloides são convertidos em feromonas pelos machos e usados para atrais as fêmeas.
Eu tive a sorte de ver uma, ela é incrível.
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