. Características: Vulgarmente conhecida como "Asa-de pássaro Rainha Alexandra", esta exótica e rara borboleta pertence á família dos Papilionídeos (Papilionidae), e é considerada a maior borboleta diurna do mundo. A espécie foi nomeada em 1907 pelo barão Lionel Walter Rothschild, em honra á rainha Alexandra, esposa de Eduardo VII do Reino Unido. O primeiro europeu a descobrir a espécie foi Albert Stewart Meek, em 1906, empregado por Walter Rothschild para coletar espécimes para a história natural de Papua-Nova Guiné.
Esta é uma espécie que possui dimorfismo sexual, ou seja, existe diferenças acentuadas entre os dois sexos. Assim, o macho é mais pequeno e mais colorido em relação á fêmea. As suas asas são menos amplas e oblongas, de cor negra com manchas azuis e verdes iridescentes, com nervuras negras. O seu abdómen é de cor amarelo-vivo. A fêmea por sua vez é maior e menos colorida, possuindo asas castanho-escuras, com manchas branco-creme, que se prolongam até ás nervuras. Exibe ainda uma mancha vermelha na parte inferior do tórax e um abdómen de cor amarelo pálido ou creme. A sua envergadura varia entre os 17 e os 20 cm nos machos, e os 27 a 30 cm nas fêmeas. Possui um comprimento de corpo até 8 cm e um peso corporal que pode chegar aos 12 gramas no caso das fêmeas.
. Habitat: Habita as florestas tropicais da Nova Guiné, até aos 900 metros de altitude.
. Período de voo: De Junho a Setembro. Pode ser vista a sobrevoar a copa das árvores em busca de parceiro ou a patrulhar o seu território defendendo-o de possíveis rivais, descendo até ao solo para se alimentarem do néctar das flores ou para colocar os ovos nas plantas hospedeiras.
. Alimentação: As lagartas são negras com tubérculos pontiagudos vermelhos e uma mancha branco-creme a meio da zona dorsal.. Alimenta-se de Pararistolochia dielsiana e Pararistolochia schlecteri. Estas plantas produzem substâncias tóxicas das quais as lagartas se alimentam, tornando-se assim também tóxicas. N afase da metamorfose a lagarta prende-se com uma cinta de seda á planta hospedeira para se transformar em crisálida.
. Observação importante: Esta é uma espécie ameaçada, tanto pela perda de habitat como pela sua venda ilegal. Em 1951 grandes extensões de florestas foram destruídas pela erupção vulcânica do Monte Lamington. Actualmente a principal causa pela perda do seu habitat, é a expansão da indústria do óleo de palma, agravado pelo desenvolvimento de plantações de borracha e cacau.
Em 1966 o governo de Papua Nova Guiné implantou medidas de protecção á espécie, proibindo e controlando a sua venda internacional, reduzindo assim a sua comercialização. Mas a sua captura ilegal por parte de coleccionadores sem escrúpulos, continua a ameaçar a espécie. Actualmente o governo forneceu ajuda financeira para as comunidades locais para desenvolverem viveiros destas borboletas. Estas fazendas licenciadas pretendem negociar de forma sustentável borboletas selvagens, proporcionando ao mesmo tempo ás comunidades locais, com uma renda adicional, melhorar as perspectivas de sobrevivência a longo prazo de muitas espécies de borboletas raras. Além disso, uma grande área de gestão e protecção á vida selvagem foi criada, protegendo assim a espécie.
A Ornithoptera alexandrae está listada no Apêndice I da CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas) e na IUCN (Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais das Espécies ameaçadas).
Excelente iniciativa, vou querer participar um dia dessa criação para a preservação.
ResponderEliminarSeria uma óptima ideia, que houve-se mais pessoas e meios para a preservação destas belezas aladas.
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