Monarca-americana
. Características: A Danaus plexippus ou «Monarca-americana» é talvez a borboleta mais conhecida da América do Norte. Pertence á família dos Ninfalídeos (Nymphalidae), e possui uma envergadura de asas que varia entre os 8,9 e os 10,2 cm. Possui asas de cor laranja, com nervuras de cor negra e pequenas manchas de cor branca nas suas extremidades. Ambos os sexos são idênticos, no entanto, as fêmeas apresentam as nervuras das asas mais escuras. Possuem uma grande resistência e longevidade, sendo também grandes migradoras.
. Habitat: Devido ás suas migrações, pode ser encontrada em vários tipos de habitat incluindo florestas de coníferas, zonas costeiras, desertos, pradarias, pastagens, jardins, parques, cidades etc, até aos 3400 metros de altitude.
Distribui-se pela América do Norte e Central, Austrália, Nova Zelândia, Antilhas, Ilha do Coco, Filipinas, Ilhas da Madeira e dos Açores, Ilhas Canárias.
. Migração: Conhecida pela suas grandes migrações anuais, estas borboletas no Outono viajam desde o Canadá até aos locais de hibernação na Califórnia e México. Depois de terem sobrevivido ao Inverno agrupadas em grande número sobre as árvores dos bosques de Oyamel e Pino, nos estados do México e Michoacán, em santuários protegidos pelo governo mexicano, as borboletas regressam ao Norte na Primavera seguinte.
Nesta migrações as borboletas monarca percorrem em média uns 4000 a 5000 km para passarem o Inverno onde permanecem aproximadamente 5 meses.
. Alimentação: As lagartas apresentam um colorido composto por vários anéis de cor preto, amarelo-esverdeado e branco. Possuem ainda dois apêndices móveis compridos no tórax e outros dois mais curtos nos últimos segmentos abdominais. Alimentam-se de várias espécies de asclépias (asclepiadaceae). Transformam-se em crisálidas presas a um ramo, suspensas de cabeça para baixo.
. Observação importante: As borboletas desta espécie possuem substâncias venenosas no corpo que utilizam para a defesa contra aves insectívoras, répteis e roedores. Assim quando um destes predadores ingere uma destas borboletas, estas substâncias podem provocar paragem cardíaca. Estas substâncias tóxicas provêm das plantas de que a lagarta se alimenta, e que posteriormente são armazenadas no seu corpo até ao inseto adulto. Nos últimos anos o número de indivíduos tem sofrido uma redução drástica, devido a dois fatores; a perda de habitat como a desflorestação ilegal em zonas de hibernação, e as alterações climáticas como tempestades de Inverno extremas que acabam por dizimar várias populações. Por isso foi declarada espécie protegida e promoveu-se a restauração do seu habitat.
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