A HISTÓRIA E IDADE DAS BORBOLETAS

Fonte: Imagens / Unicamp

ORNITHOPTERA GOLIATH - (Oberthur, 1888)

. Características: Vulgarmente conhecida por «Asa-de-pássaro Golias» esta exótica e magnífica borboleta pertence á família dos Papilionídeos (Papilionidae), e é a segunda maior borboleta diurna do mundo logo a seguir da Ornithoptera Alexandrae (rainha Alexandra). É uma espécie que possui dimorfismo sexual ou seja, existem diferenças acentuadas entre macho e fêmea. Assim o macho possui as asas anteriores de cor verde-claro brilhante, com uma faixa negra na diagonal que atravessa o centro das asas até ás extremidades. As asas posteriores são de cor amarelo-dourado com as extremidades contornadas a negro com várias pintas verde-claro. A face inferior é idêntica no entanto possuem nervuras e pintas negras. O seu abdómen é amarelo e o tórax preto, apresentando uma pequena mancha vermelha na zona lateral. A fêmea maior que o macho possui asas castanho-escuras com manchas brancas nas extremidades e na área subapical das asas anteriores. As posteriores possuem metade da asa com uma larga faixa de cor amarelada com pintas escuras no centro. A face inferior é idêntica á superior. O seu abdómen é amarelo e o tórax é castanho-escuro, sendo metade da face inferior de cor vermelha. A sua envergadura varia entre os 16 cm e os 23 cm de comprimento sendo a fêmea maior que o macho.

. Habitat: Habita as florestas tropicais da Nova Guiné e ilhas menores adjacentes, onde é possível observá-la a esvoaçar por entre a folhagem da copa das árvores, alimentando-se do néctar das flores de plantas trepadeiras e de flores de algumas árvores. 

. Período de voo: Ao longo do ano em duas ou mais gerações.

. Alimentação: A lagarta nos últimos instares é castanho escura com numerosos tubérculos pontiagudos e uma faixa de cor amarelo-torrado no segmento central do corpo. Como todos os Papilionídeos esta também possui um órgão bifurcado denominado osmetérium no primeiro segmento a seguir á cabeça que projecta para fora do corpo sempre que se sente ameaçada. Este órgão produz um cheiro repelente que ajuda a afastar possíveis predadores. A lagarta alimenta-se de plantas da família Aristolochiaceae entre elas; Aristolochia crassinervia, muitas delas possuem substâncias tóxicas, tornando-a assim também tóxica para os predadores. Na fase da metamorfose a lagarta tece um fio de seda á sua volta onde se prende a uma folha ou ramo para se transformar em crisálida (pupa) e posteriormente em borboleta.

Observação importante: É a segunda maior borboleta diurna do mundo logo a seguir da Ornithoptera Alexandrae (rainha Alexandra). É uma espécie que está ameaçada pela destruição do seu habitat, por tanto, está listada no Apêndice II da CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção), limitando a sua venda e exportação internacional para aqueles que recebem uma permissão. Agora são criadas em cativeiro, quer para salvaguardar a espécie como também como fonte de rendimento para população local.

SPHINX CHERSIS - (Hubner, 1823)

. Características: É uma borboleta de médio a grande porte e pertence á família dos Esfingídeos (Sphingidae). Como todos os membros da sua família possui um corpo grosso e robusto e asas estreitas e pontiagudas dando-lhe uma aerodinâmica de voo muito rápida e eficaz. As suas asas são de cor cinza com uma série de finos traços pretos, um dos quais atinge a ponta das asas anteriores. As asas posteriores são pretas com faixas cinza-esbranquiçadas. A parte superior do seu abdómen é cinza com faixas laterais pretas e brancas. Ambos os sexos são idênticos e a sua envergadura varia entre os 9 e os 11 cm de comprimento.

. Habitat: Habita uma grande variedade de florestas e matagais áridos. Distribui-se pelos Estados Unidos e Norte do México.

. Período de voo: Voa de Maio a Agosto em duas gerações.

. Alimentação: A lagarta pode apresentar duas variantes na cor, podendo ser verde-azulada pálida com traços oblíquos amarelados na zona lateral do corpo, ou de cor castanho-avermelhada. Como todas as lagartas de esfingídeos esta também possui um apêndice característico em forma de espigão no último segmento do corpo. Alimenta-se de várias espécies de plantas entre as quais;  Syringa vulgaris, Fraxinus , Ligustrum , Prunus , Populus tremuloides. Na fase da metamorfose a lagarta desce até ao solo onde constrói uma câmara subterrânea para se transformar em pupa. Á medida que a eclosão do adulto estiver para breve a pupa desloca-se até á superfície para o adulto emergir.

. Observação importante: Pode facilmente ser confundida com outras espécies da sua família como a Sphinx libocedrus e a Sphinx asella. Á noite é atraída pela luz artificial. (Abaixo a foto de comparação das espécies semelhantes)