PARIDES CHILDRENAE - (Gray, 1832)

. Características: Esta espécie pertence á família dos Papilionídeos (Papilionidae), e possui dimorfismo sexual, ou seja, existem diferenças acentuadas entre os dois sexos. Assim o macho possui asas negras com uma grande mancha verde-esmeralda no centro das asas anteriores, na área subdiscal, e uma pequena mancha branca na área subapical. As asas posteriores possuem uma mancha mais ou menos oval de cor vermelha. A face inferior das asas é idêntica mas sem a área central verde-esmeralda. A fêmea distingue-se do macho por ser castanho-escura e possuir manhas brancas na zona subapical e a margem interna das asas anteriores. As posteriores possuem uma faixa de manchas vermelhas ovais. A face inferior é idêntica á superior. A sua envergadura varia entre os 7 e os 9 cm de comprimento.

. Habitat: Pode ser encontrada em clareiras e orlas de florestas tropicais primárias, até aos 800 metros de altitude. Distribui-se desde o México na América Central até á Colômbia, Equador e países vizinhos da América do Sul.

. Período de voo: Ao longo do ano em várias gerações. Os machos patrulham os trilhos e orlas florestais em busca de possíveis parceiras para acasalar.

. alimentação: A lagarta possui vários tubérculos ou protuberâncias carnosas ao longo do corpo, sendo que nos últimos instares esta é de cor castanho-avermelhado com duas faixas brancas na lateral do dorso e alguns tubérculos brancos dispersos pelo corpo. Na última fase torna-se castanho-clara pintalgada por pequenas manchas castanho-escuras. Como todos os Papilionídeos a lagarta possui um órgão bifurcado logo atrás da cabeça denominado de osmeterium, que projecta para fora do corpo, e que transmite um cheiro desagradável para afastar os predadores. Alimenta-se de plantas da família Aristolochiaceae, como a Aristolochia tonduzii, Aristolochia pilosa, entre outras. Algumas espécies destas plantas contêm substâncias tóxicas que, quando ingeridas pelas lagartas podem ser utilizadas como defesas contra os seus predadores que tentem ingeri-las. Na fase da metamorfose a lagarta tece uma cinta de seda á sua volta, onde se prende a um ramo da planta hospedeira para se transformar em crisálida.

. Observação importante: Existem cerca de 36 espécies do género Parides.

EUSCHEMON RAFFLESIA - (Macleay, 1827)

. Características: Conhecida vulgarmente por “Regent Skipper” esta borboleta pertence á família Hesperiidae. Caracteriza-se por possuir uma cabeça grande composta por dois grandes olhos, palpos labiais de cor escarlate, um corpo grosso e robusto com faixas amarelas, sendo a ponta do abdómen de cor vermelho vivo. As suas asas são negras atravessadas por uma faixa de manchas amarelas nas asas anteriores, apresentando de igual modo manchas amarelas nas asas posteriores. A fêmea é idêntica ao macho e a sua envergadura varia entre os 5 e os 6 cm de comprimento.

. Habitat: É uma espécie endémica da Austrália, podendo ser encontrada em florestas tropicais e subtropicais.

. Período de voo: Abril ???? 

 

. Alimentação: A lagarta tem uma forma de fuso, com uma cabeça grande e preta com pintas brancas. É de cor verde acinzentada com listras brancas e pretas, sendo o primeiro segmento a seguir á cabeça e o último segmento de cor amarelo. Vive num abrigo feito de duas folhas unidas por fios de seda. Alimenta-se de plantas da família Monimiaceae entre as quais; Steganthera laxiflora, Tetrasynandra pubescens, Wilkiea huegeliana, Wilkiea huegeliana, Wilkiea macrophylla. Na fase da metamorfose a lagarta tece um tapete de seda numa folha da planta hospedeira, onde se fixa com um fio de seda á sua volta para se transformar em crisálida.

. Observação importante: É o único membro do género, Euschemon, e subfamília Euschemonina. Uma característica marcante desta borboleta é o frénulo e o retináculo dos machos, que unem as asas anterior e posterior em voo.

ELYMNIAS CAUDATA - (Butler, 1871)

. Características: É uma espécie que pertence á família dos Ninfalídeos (Nymphalidae) e possui dimorfismo sexual, ou seja, existe diferenças acentuadas entre macho e fêmea. Assim o macho possui as asas anteriores castanho-escuras ou pretas, com uma faixa de manchas azuis esbranquiçadas na diagonal na zona subapical. As posteriores são castanhas apresentando metade da asa com uma faixa difusa alaranjada, terminando em duas pequenas caudas. A face inferior é de tons acastanhados, com estrias e manchas brancas, assemelhando-se a uma folha em decomposição. A fêmea por sua vez é mais clara, é castanha com uma faixa subapical de manchas brancas nas asas anteriores e toda a sua área central das asas é alaranjada com nervuras pretas. A face inferior é idêntica á do macho. A sua envergadura varia entre os 7 e os 8 cm de comprimento.

. Habitat: Prefere locais sombreados, onde passa grande do tempo pousada nas folhas e troncos das palmeiras. É comum nas selvas e plantações de palmeiras, nas planícies e colinas até aos 1700 metros de atitude. É endémica do Sul da Índia.

. Período de voo: Ao longo do ano em várias gerações.

. Alimentação: A lagarta é verde com várias linhas longitudinais amarelas e minúsculos pelos sobre o corpo. O último segmento do corpo termina em dois apêndices bifurcados semelhantes a duas caudas. A cabeça é coroada por dois espinhos curtos e grossos semelhantes a dois chifres. Alimenta-se de várias espécies de palmeiras da família Arecaceae entre as quais; Cocos nucífera, Areca catechu, Calamus rotang, Phoenix lourerii, Elaeis guineensis, Dypsis lutescens, Livistona chinensis. Na fase da metamorfose a lagarta tece um ponto de seda, onde se fixa de cabeça para baixo para se transformar em crisálida.

. Observação importante: Existem cerca de 44 espécies do género Elymnias. Esta espécie imita outras espécies de borboletas com o seu padrão de cor. Assim o macho imita espécies do género Euploea, enquanto a fêmea imita espécies do género Danaus.