Este blog é dedicado a todos os amantes da Natureza e ao público em geral. Mas principalmente aqueles que se interessam pelo fascinante mundo dos Lepidópteros (Borboletas). Além de tudo, este blog é um guia onde o leitor poderá conhecer e identificar as mais variadas espécies de borboletas existentes um pouco por todo o mundo.

domingo, 27 de maio de 2018

TANAECIA LEPIDEA - (Butler, 1868)

Características: Pertence á família dos Ninfalídeos (Nymphalidae) e caracteriza-se por possuir as asas anteriores curvas e pontiagudas, sendo estas de cor castanho-escuro “chocolate” com uma estreita faixa cinza-claro desde as extremidades da zona apical, que se vai alargando até ás asas posteriores. A face inferior é de tons pálidos e acastanhados com pequenas marcas ou estrias. A fêmea distingue-se do macho por ter um castanho mais claro e a faixa ser um pouco mais escura. A sua envergadura varia entre os 6,5 e os 7,5 cm de comprimento.  


Habitat: Habita essencialmente as florestas tropicais, onde pode ser encontrada pousada entre a folhagem da vegetação, margens de cursos de água, ou pousada no solo aquecer-se ou alimentar-se de algum fruto putrefacto caído. Distribui-se pela Índia e parte do Sudeste Asiático. 

Período de voo: Ao longo do ano em várias gerações.













Alimentação: A lagarta é verde com um manto de espinhos ramificados de pontas amareladas espalmados sobre o dorso, semelhante a um tapete. Possui ainda sobre o dorso uma fileira de pequenas manchas circulares de cor alaranjada com núcleo azul. Alimenta-se de plantas da família Lethycidaceae como por exemplo; Careya, ou ainda de Melastoma da família Melastomataceae. Na fase da metamorfose a lagarta tece um ponto de seda num ramo ou folha da planta hospedeira, onde se fixa de cabeça para baixo para se transformar em crisálida.












Observação importante: Ao contrário da maioria das outras borboletas que se alimentam do néctar das flores, esta espécie pertence a um grupo que se alimenta da seiva das árvores e frutos maduros ou putrefactos. Existem cerca de 30 espécies do género Tanaecia.






domingo, 20 de maio de 2018

PAPILIO CRESPHONTES - (Cramer, 1777)


Características: Papilio cresphontes ou Heraclides cresphontes, é também conhecida vulgarmente por “cauda-de-andorinha gigante”, e pertence á família dos Papilionideos (Papilionidae). As suas asas são negras atravessadas por uma larga faixa de manchas de cor creme, que vão de uma ponta da asa á outra. As posteriores possuem igualmente outra faixa que se vai unir á faixa das asas anteriores, e um ocelo tricolor de cor azul, vermelho e preto, na margem interna da asas, que terminam em duas caudas pretas com núcleo creme. A face inferior é amarelo-claro ou creme com nervuras pretas e várias lúnulas azuis contornadas a preto, juntamente com o respetivo ocelo nas asas posteriores. A sua envergadura média varia entre os 11,5 e os 14 cm de comprimento, sendo a fêmea maior que o macho.


Habitat: Pode ser vista em vários tipos de habitat desde encostas rochosas e arenosas perto de riachos, clareiras e orlas de florestas, campos, pomares de citrinos e jardins. Distribui-se pelo Sudeste Americano, América Central e alguns países da América do Sul, como a Colômbia e a Venezuela.

Período de voo: De Maio a Setembro em duas gerações a norte, várias gerações ao longo do ano mais a sul. A crisálida pode hibernar na última geração a norte. Devido ao seu grande porte o seu voo é poderoso, e basta alguns batimentos de asas para percorrer grandes distâncias a planar. 











  






Alimentação: A lagarta assemelha-se ao excremento de ave, exibindo assim um padrão mesclado de vários tons de manchas brancas, castanhas, pretas e esverdeadas, que a fazem passar despercebida ás aves insectívoras e outros predadores. Como todos os papilionídeos esta possui um órgão carnudo bifurcado de cor avermelhado atrás da cabeça, denominado de osmeterium, que projecta para do corpo sempre que se sente ameaçada. Alimenta-se de vários tipos de citrinos da família (Rutaceae). Na fase da metamorfose a lagarta tece uma cinta de seda á sua volta onde se prende a um ramo da planta hospedeira, muro ou rocha, para se transformar em crisálida. 


















Observação importante: Existem 28 espécies do género Heraclides.