HABROSYNE PYRITOIDES - (Hufnagel, 1766)

. Características: É uma borboleta nocturna que pertence á família Drepanidae. Distingue-se pela face superior das asas anteriores, cujo padrão é idêntico ao do mármore, castanho-jaspeado com um triângulo acinzentado na margem interna das asas anteriores, que são atravessadas por uma linha ondulada. As asas posteriores são de cor cinza, com margem branca. Ambos os sexos são idênticos e a sua envergadura é cerca de 4 cm a 4,5 cm de comprimento.

. Habitat: Pode ser encontrada em orlas de florestas com plantas arbustivas, como também em velhos jardins e parques abandonados onde crescem framboesas e silvas. Em toda a Europa, Ásia temperada e Japão.

. Período de voo: Voa desde Junho até Agosto, numa geração.

. Alimentação: A lagarta é de cor castanho-alaranjado, com uma linha escura ao longo do dorso, e duas pequenas manchas brancas circulares de cada lado do corpo. Alimenta-se principalmente de silvas e framboesas (Rubus) mas também de aveleira (Corylus) e espinheiro-bravo (Crataegus). Na fase da metamorfose a lagarta tece um casulo de seda entre as folhas da planta hospedeira, ou desce até ao solo para se transformar em crisálida entre a manta-morta. A crisálida hiberna.

. Observação importante: Á noite é atraída pela luz artificial. O seu número varia muito de ano para ano.

A BORBOLETA COM A ESPIRITROMPA MAIS COMPRIDA DO MUNDO

. A Xanthopan morganii é uma borboleta nocturna e é a única espécie do seu género, pertencendo á família dos Esfingídeos (Sphingidae). É conhecida por ter o aparelho bocal (ou probóscide) mais comprido entre todas as borboletas existentes no mundo. É uma borboleta nativa da África Oriental e de Madagáscar. A sua envergadura varia entre os 12 cm e os 15 cm de comprimento.

. Charles Darwin, o célebre naturalista inglês do século XIX, enquanto estudava a polinização das orquídeas através dos insectos, descobriu uma espécie de orquídea endémica de Madagáscar, cujo néctar ficava na base de uma corola de cerca de 30 cm.
A partir das suas observações, Darwin supôs no seu livro "A Fertilização das Orquídeas (1862)", que como a orquídea obviamente necessitava de ser polinizada, deveria existir uma borboleta com uma probóscide entre os 30 a 35 cm, longa o suficiente para alcançar o néctar.
Em 1867, o naturalista britânico Alfred Russel Wallace, publicou um artigo no qual ele apoiava a teoria de Charles Darwin.
Em 1903, uma população de Xanthopan morganii com uma longa probóscide foi descoberta em Madagáscar, provando assim que a teoria de Darwin estava correta. 

LYMANTRIA MONACHA - (Linnaeus, 1758)

. Características: Esta borboleta nocturna pertence á família dos Limantrídeos (Lymantriídae). É uma espécie bastante variável, podendo haver indivíduos com coloração de fundo branca e outros com coloração mais escura ou quase negra. Na forma clara, as asas anteriores são brancas com vários pontos e linhas serrilhadas de cor negra. As asas posteriores são acinzentadas com pintas pretas nas margens. O abdómen possui também várias manchas negras, sendo os últimos segmentos de cor vermelho-rosado. Os machos possuem antenas pectinadas enquanto as fêmeas são finas (filiformes). A fêmea é ligeiramente maior que o macho, e a sua envergadura varia entre os 4 cm e os 5,5 cm de comprimento.

Habitat: Pode ser encontrada em florestas de coníferas, preferindo os pinheiros e abetos. Em toda a Europa, Ásia temperada, estendendo-se até ao Japão. Na montanha até aos 1600 metros de altitude.

. Período de voo: Voa desde Julho até princípios de Setembro, numa geração.

. Alimentação: A lagarta é semelhante á lagarta-do-sobreiro, possui um colorido mesclado de castanho, preto e verde-acinzentado, com vários pontos azuis-escuros ao longo do dorso que é revestido de pelos. É uma espécie polífaga, alimentando-se de vários tipos de árvores, preferindo os abetos e pinheiros. Em anos favoráveis e se não houver controlo da espécie, esta pode se propagar em grande número, causando danos e prejuízos nas florestas. Na fase da metamorfose, a lagarta tece alguns fios de seda onde se prende ao tronco e ramos das árvores.

. Observação importante: É uma espécie bastante variável, podendo a sua coloração ir do branco até ao cinza-escuro quase negro.

AGLIA TAU - (Linnaeus, 1758)

. Características: Também conhecida por «Imperador Tau», esta borboleta pertence á família dos Saturniídeos (Saturniidae). Existem algumas diferenças entre os dois sexos. A fêmea é sempre maior que o macho, possuindo uma coloração mais pálida, um abdómen mais volumoso e antenas filiformes. O macho por sua vez é mais pequeno, possui antenas plumosas (bipectinadas), as suas asas são de cor ocre ou castanho-alaranjado, possuindo no centro de cada uma um ocelo azul-escuro, bordejado de negro, com núcleo branco. As margens externas são mais escuras com uma estreita faixa negra paralela. A sua envergadura varia entre os 5,5 cm e os 8 cm de comprimento.

. Habitat: Aparece em florestas velhas com Faias e florestas mistas, até aos 1500 metros de altitude. Em toda a Europa, Ásia temperada estendendo-se até ao Japão.

. Período de voo: Voa de Abril a Maio, na montanha de Abril a Julho, numa geração. Além de pertencer á família dos Saturniídeos, esta borboleta é de actividade diurna. Voa com violentos movimentos em zig zag, quase sempre durante as horas ensolaradas do meio-dia. Os machos são mais rápidos do que as fêmeas, que têm um voo mais lento. Estas pousam geralmente em folhas de Faias, libertando daí o seu odor sexual (feromona), atraindo os machos para a cópula. Estes captam o seu odor com as antenas, localizam-nas e fecundam-nas.

. Alimentação: As lagartas passam por várias mudas durante o seu crescimento, adoptando vários aspectos. Quando jovens, são verdes com várias protuberâncias ramificadas de cor acastanhada, distribuídas aos pares ao longo do dorso. Ao longo do seu crescimento vão perdendo todas estas protuberâncias até á terceira muda. Ficando verdes com minúsculos pontos brancos espalhados pelo corpo, várias riscas oblíquas e uma risca branco-amarelada na zona lateral do corpo. Alimenta-se de folhas de Faias, ocasionalmente também de Carvalhos, Vidoeiros, Abrunheiros-bravos e Macieiras. Na fase da metamorfose descem até ao solo, escondem-se debaixo das folhas caídas, para aí tecerem um frágil casulo de seda e se transformarem em crisálidas. A crisálida hiberna.

. Observação importante: Além de pertencer á família dos Saturniídeos, esta borboleta é de actividade diurna.