Este blog é dedicado a todos os amantes da Natureza e ao público em geral. Mas principalmente aqueles que se interessam pelo fascinante mundo dos Lepidópteros (Borboletas). Além de tudo, este blog é um guia onde o leitor poderá conhecer e identificar as mais variadas espécies de borboletas existentes um pouco por todo o mundo.

domingo, 18 de novembro de 2012

DONZELA DA MADRESSILVA


EUPHYDRYAS AURINIA (Rottemburg, 1775)


. Características: Esta bela borboleta de pequeno porte, mais vulgarmente conhecida por «donzela da madressilva», pertence á família dos Ninfalídeos. Possui uma envergadura que varia entre os 3,5 cm e os 4,5 cm. A cor das suas asas vai desde o castanho-alaranjado, negro e amarelo-ocre. Nas asas posteriores apresenta pequenos pontos negros e na face inferior mostra uma alternância entre o laranja com faixas brancas bordeadas de negro. As fêmeas são ligeiramente maiores que os machos e apresentam um abdómen de maior volume e terminado em ângulo, enquanto os dos machos são mais estreitos e rectos.

. Habitat: Esta espécie distribui-se por quase toda a Europa e Ásia, excepto nas zonas mais frias e regiões mais áridas do Sul. Também está presente no noroeste de África (Argélia e Marrocos). De salientar ainda que esta espécie goza de boa saúde em alguns países como Espanha, mas no resto da Europa encontra-se em rápido declínio, tornando-se cada vez mais rara.
É possível encontrá-la em prados húmidos, em geral em espaços abertos com abundância de flores, até aos 1500 a 2000 m de altitude.

. Período de voo: Numa geração, desde Maio até meados de Julho.










. Alimentação: A lagarta de cor negra, coberta de pequenos espinhos e pequenos pontos brancos brilhantes, alimenta-se de escabiosa, madressilva.
Existe um comportamento social curioso destas lagartas. Como hibernam no estado de lagarta e depois de realizar a terceira muda, estas agrupam-se neste estado de latência. Para isso, tecem uma espécie de saco de seda na planta de que se alimentam. Ás vezes no Outono, podem mudar de planta se as condições iniciais não forem adequadas para a hibernação. Na Primavera abandonam o refúgio e dispersam-se, enquanto as temperaturas sobem o suficiente para poderem alimentar-se. Isto pode ocurrer em fins de Fevereiro, nas zonas mais quentes, onde acabarão por se desenvolver por completo.
A crisálida apresenta um belo colorido de negro e laranja, sobre um fundo branco. Esta fica suspensa de cabeça para baixo sobre pedras ou na vegetação do solo. O estado da crisálida dura entre 2 a 4 semanas, em função da temperatura exterior.














. Observação importante: Devido á variabilidade da espécie, só na Europa já se resgistaram pelos menos 30 subespécies.








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